A fama dos italianos como exímios conhecedores e bebedores de café é inegável. Em um paralelo fortuito pela semelhança das palavras mas em universos bem diferentes tem demonstrado que o berço da civilização etrusca e romana se compromete de corpo e alma quando quer excelência em alguma coisa. Não poderia ser diferente com as motocicletas. As motocicletas italianas, sinônimo de design sofisticado e tecnologia, tem se provado uma base que impressiona e foge do lugar comum quando o assunto é cafe racer.
Sabemos que a cultura das Café Racers surgiu na Europa, mais precisamente na Inglaterra na década de 50 e 60. Apesar do conservadorismo que dominava o país na época, as motos tinham sua popularidade em alta entre os jovens que, favorecidos por um mercado que praticava preços acessíveis e embalados pelo bom e velho Rock and Roll, faziam delas uma extensão de sua personalidade e um meio de expressar rebeldia e liberdade, dando origem ao movimento que perdura até os dias de hoje.

Ao longo do tempo, essa cultura foi sendo difundida mundo afora e, além de motos inglesas, também passou a englobar motos de outras marcas e continentes. As japonesas acabaram ganhando muita popularidade mas as europeias, até hoje, são as preferidas pelos mais puristas, entusiastas e apreciadores. Dentre elas, a marca italiana Ducati se destaca, provavelmente por sua história de sucesso nas pistas com os motores desmodrômicos, reforçando o espírito de velocidade das motos Café. Até hoje modelos icônicos, como a 900SS e a Monster, são explorados das mais variadas formas e estilos por artistas habilidosos.


Recentemente a cultura Café Racer voltou a a ficar sob os holofotes e em evidência. Talvez pelo marasmo que se instituiu na indústria que há anos não apresenta novidades originais ao mercado de motos. Se é uma percepção pessoal ou se é fato, o que realmente importa é que o movimento Café Racer nunca esteve tão em alta e com tanta visibilidade.
Observando o cenário atual, tanto os artistas tradicionais como os novos que estão surgindo e se destacando, tem utilizado, além de motos clássicas, motos de nova geração que oferecem tecnologia de ponta. Motos como as Ducati Panigale 1199, Panigale 1299, Monster 821, Monster 1200 e a Scrambler que parecem terem caído no gosto dos estúdios, oficinas, designers e pequenos construtores.
O melhor de tudo é que, atualmente, não precisamos mais ficar apenas babando nas fotos e vídeos disponíveis na internet e sonhando em um dia ter acesso aos modelos que existem na Europa. Ou ainda ter que garimpar entre amigos a informação de algum sortudo abastado que resolveu se desfazer de sua máquina importada. Hoje é possível encontrar, por exemplo, uma Monster 695 em bom estado a partir de módicos R$ 15.000,00 no mercado de usadas. Outros modelos, como versões mais novas da Monster, as 749, 999, 1098, também tem ofertas com preços acessíveis. Até as zero quilômetro chegam a ter o preço mais barato aqui no Brasil do que se compradas na própria Itália.
Uma coisa eu posso garantir, se você colocar a criatividade e ousadia para trabalharem a seu favor em uma máquina da Ducati, pode ter certeza que você e ela, serão destaque por onde passarem! Se não acredita, dê uma conferida nos projetos incríveis abaixo.











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